criptorave

CRYPTORAVE 2015 - UM DEPOIMENTO, MUITAS REFLEXÕES

Por Camila Lainetti

Este ano fui na cryptorave. E fui de um jeito que há muito tempo não ia em evento: para participar de tudo, ficar do começo ao fim e fazer tudo quanto fosse possível. Levei inclusive saco de dormir para descansar, mesmo que minimamente, por lá mesmo. Há algum tempo tenho pesquisado (confesso que superficialmente) sobre segurança (privacidade, criptografia, defesa, ...) e achei que seria uma experiência interessante para aprofundar o que eu estive lendo por aí. No final, a experiência foi mais que isso: o evento me tocou profundamente a ponto de repensar os métodos da minha militância.

[Sexta, 24-abr-2015]
No primeiro dia, quando começou o credenciamento, já começaram as surpresas. Fui me credenciar e vi uma fila bastante diversificada. Um número bem considerável de mulheres, negros e (pasmem!) mulheres negras. O evento atrasou um pouco e acabei ficando por lá, na parte de credenciamento, prestando atenção na fila. Além dos mais diversos gêneros e cores, tinha também ativistas de tudo quanto é coletivo: MPL, PT, blogueiras negras, movimento crespo, coletivos e coletivas anarquistas, ativistas trans, e muitos outros, que eu sequer conhecia. Só isso já me fez pensar: como esse tema reuniu toda essa gente?
O primeiro espaço que acabei visitando, antes da abertura, foi a Install Fest (um espaço que você instala, com ajuda se necessário, no seu pc, um sistema operacional livre). Encontrei um colega meu por lá, e acabamos conversando sobre como era interessante usar o Fedora ou o recém lançado Debian 8, que não tem a mesma backdoor ("porta dos fundos") que o Ubuntu tem, a qual manda seus dados para ....